quinta-feira, 25 de março de 2010

Bricolage em família.


O tema do meio ambiente está cada vez mais na "boca " das pessoas, a natureza é tema em muitas variantes, tais como: os alimentos biológicos, as pousadas ecológicas, o modo de vida sustentado naquilo que a terra nos pode dar, a biodiversidade seus encantos e prazeres.
Vamos aproveitar o que ainda nos resta, sempre que a natureza nos revela uma coisas nova ou diferente, ficamos encantados horas a observar tal facto, já na antiguidade os homens observavam os animais para os poder caçar, mais tarde, desenhavam as suas caças nas grutas onde viviam, fruto da longa observação, a genética foi evoluindo ao longo dos milhares de anos, até que hoje, esses genes mantêm-se activo, há um número cada vez maior de pessoas a observa a natureza. Foi então que se começou a falar da observação de aves (birdwatching) por isso, resolvi fazer uma proposta a todos.
Em vez de irem para os centros comerciais ou deixar os " miúdos" jogar às consolas todo o dia , porque não fazer um fim de semana diferente!
Reúna toda a família vai ver o entusiasmo a crescer com este pequeno projecto. Montar na sua varanda, no jardim ou no quintal um local para observar aves.
Primeiro , temos que saber que há diversos comedouros (alimentadores) e alimento destinados a diferentes aves, quantos mais alimentadores tivermos mais aves vamos atrair.



Agora que já viram alguns tipos de alimentadores e alimentos, vamos tentar fazer um alimentador simples, o seu preço é económico pelo pouco matéria que é nessecario para a sua construção :madeira, rede, um agrafador, um pouco de arame e um pequeno tubo roscado, claro que podem optar por outro, basta para isso ir à inter-net e procurar "birds feeder".


Se ainda tiverem tempo , podem começar a planificar o (s) ninho(s), também as aves gostam de ter um lar, com a destruição dos bosques, pinhais, montados as aves têm cada vez menos possibilidades de se reproduzir, não tendo as condições naturais, estas apreciam muito os ninhos artificiais, pode levar tempo mas elas se tiverem comida vão aparecer mais depressa.
Aqui fica também uma proposta de (trabalho).
Cuidado, os mais pequenos, estes devem pedir aos adultos para os ajudarem nestas coisas, não vale acabar o dia com uma ida ao hospital.

Para aqueles que ficarem a gostar desta actividade , devem pedir um caderninho de apontamentos, uma câmara fotográfica, um bom guia de aves, e alguma roupa escura.
As escolas, podem fazer este trabalho enquadrado na área de projecto ou na disciplina de biologia.


Vidéos retirados o youtube

segunda-feira, 15 de março de 2010

Notícias

DN ciência 15/03/2010
Investigação
Aquecimento global encolhe aves na América do Norte
por ELISABETE SILVA Hoje

Estudo feito ao longo de 46 anos concluiu que várias espécies de pássaros estão a ficar mais pequenas e com menos peso. É a sua forma de adaptação à subida da temperatura

As aves estão a ficar mais pequenas e mais leves. A razão? O aquecimento global. É esta a conclusão de um grupo de investigadores que examinou os dados de quase meio milhão de pássaros que de 1961 a 2007 foram medidos e pesados na reserva natural na Pensilvânia (Estados Unidos). A maior diferença foi a diminuição em 4% de uma espécie (bico--grosso-de-peito-rosa). Os cientistas garantem que os animais não apresentam qualquer problema de saúde ou de risco de extinção, pois apenas se estão a adaptar à subida média da temperatura global, o que é visto como normal, pelo menos, por agora. Só a longo prazo será possível realmente entender o impacto da redução de tamanho e peso nas aves afectadas.

Das 102 espécies analisadas durante as várias épocas do ano, algumas vivem em zonas de reserva, outras migram no Inverno e as restantes são as que chegam dos neotrópicos. Josh Van Buskirk, da Universidade de Zurique (Suíça), Robert Leberman e Robert Mulvihill, do Mu-seu Natural de Carnegie da reserva na Pensilvânia, relataram as suas descobertas na revista científica Oikos.

"Em média, a descida do tamanho e peso das aves migrantes reduziu 1,6% em 46 anos", explicou Josh Van Buskirk, referindo-se aos animais que migram na América do Norte. Porém, há casos em que o animal teve uma queda de peso de 4%, como aconteceu com o bico-grosso-de-peito-rosa. O rouxinol-de-kentucky (3,3%) e o sanhaço-escarlate (2,3%) seguem-se na lista das aves em que a redução é mais expressiva.

E é no peso que a diferença é maior, pois, a nível de tamanho (calculado através da medição da asa), a redução é menos significativa.

Esta evolução ocorreu durante 20 gerações de aves, não sendo tão rápida como à primeira imagem pode parecer, avisam os especialistas.

Buskirk considera mesmo que "as consequências são positivas" para os animais, pelo menos para a maioria. "Outros estudos demonstram que algumas espécies vão beneficiar, enquanto outras podem ser prejudicadas", referiu Buskirk. Mas só o tempo irá comprovar esta teoria, revelando os benefícios e os efeitos prejudiciais.

A regra da biologia que explica a redução de tamanho e pe-so nos animais à medida que a temperatura global sobe é a lei de Bergman, mas por determinar está ainda como é que as aves se vão adaptar ao ficarem mais pequenas. Isto é, que consequências reais de sobrevivência podem ou não sofrer. Só a longo prazo é que se poderá tirar conclusões concretas, admitem os investigadores.

Certo, comprovado e documentado é que das 83 espécies que migram na Primavera, 60 ficaram mais pequenas; das 75 que migram no Outono, foram 66 aquelas onde se verificaram diferenças; no Verão, foram 51 espécies de 65 e, no Inverno, em 26 foram 20 as que perderam tamanho e peso.

Fonte da notícia: DN - http://dn.sapo.pt/Inicio

terça-feira, 9 de março de 2010

Alimentação fauna europeia - complemento ao seu menu



Muitos criadores e admiradores de fauna europeia que estiveram no mundial, devem ter visto alguns criadores estrangeiros, nomeadamente os responsáveis pelos Don fafes (ciuffolotto, camachuellos, bullfinch), dar-lhe algumas bagas avermelhadas.
Pois eu fiquei intrigado, como não tive a oportunidade de falar com nenhum deles, resolvi procurar.
Depois de algum trabalho obtive resultados, penso que vão ajudar-me e creio que podem ajudar outros criadores, desta forma poderiam melhorar a alimentação das suas aves, é lógico que esta não será a alimentação base, essa é constituída por sementes variadas. É frequente ver-se em fotografias e vídeos estrangeiro as aves a comer algumas bagas, umas vermelhas outras quase pretas, aqui fica o nome de algumas, em muitos casos são a única forma alimentação nos Invernos mais rigorosos possibilitando desta forma a sua sobrevivência.
Agora vou ver quem tem bagas para venda!



















Sabugueiro - Sambucus nigra, Escalheiro (pirlitos) - Crataegus monogyna, Pyracanta - Coccinea pyracantha e Sorbus aucuparia.
fotos retiradas de: commons.wikimedia.org, rowantreecoven.org, portaldojardim.com,
pt.photaki.com
Vídeos retirados do Youtube

Entre amigos com: Quim Lopes

Nome: Joaquim Lopes
Associado: AOCA, COBL e IGBA
Stam nº 566C e L918
Morada: Mealhada
Contacto: 966255122
Email: jmadlopes@gmail.com
O meu nome é Joaquim Lopes, moro em Sernadelo/Mealhada e sou ornitófilo desde do ano de 1993 apesar de desde de miúdo sempre ter tido aves, pelo que, posso acrescentar que o gosto pela aves já nasceu comigo.
Vídeo do "QUIM" e as suas aves.

Assim, dei os meus primeiros passos na criação com exóticos, nomeadamente Mandarins (todas as mutações) mas preferencialmente os Peito Laranja e Bengalins, tendo posteriormente alargado aos Diamantes de Gould (todas as mutações) e a quase todos os Diamantes Australianos (Diamantes Papagaio, kittlitz, Tricolores, Forbes/Tarimbares, Estrelas, Babetes, Sparrows….).


Sempre procurei criar em grande escala (cheguei a anilhar 800 aves por ano) e tentei ter os melhores exemplares, pois tinha por principal objectivo o de participar em Exposições, tendo obtido vários prémios a nível regional e nacional. Apesar da minha paixão pelos exóticos, existiam algumas raças de canários que me fascinavam, nomeadamente, o Gloster e o Norwich.

No ano de 1997, o meu amigo Victor Dias dispensou-me um casal de canários Glosters e a partir desse momento iniciei a criação dessa maravilhosa raça até aos dias de hoje.

Em 2007, por circunstâncias pessoais e profissionais, tive que optar entre a criação de exóticos e a de canários. Escolhi ficar com os canários porque parece-me que a criação nos canários de porte apresenta mais dificuldades na obtenção de bons exemplares, tanto em termos de qualidade superior, como em quantidade desses exemolares e dediquei-me a 100% aos Glosters.

Tive a sorte de travar conhecimento com um grande criador Internacional de Gloster, o Sr. Rob Wright, que me auxiliou bastante, sobretudo quanto aos conhecimentos para a criação.

Fui amiúde a Inglaterra, a casa desse meu amigo, o que me levou a melhorar substancialmente a minha criação. Melhoria essa que se reflectiu com vários prémios nacionais, entre os quais os que destaco com mais importância, o de campeão nacional de glosters coronas em 2004 (Fêmea Variegada) no Campeonato Nacional de Leiria e o melhor gloster em 2008 (Macho Variegado) no Campeonato Nacional do Glosters Clube de Portugal.


Actualmente crio com 65 fêmeas de glosters, 7 casais de Norwichs, 5 casais de Cardinalitos da Venuzuela e 2 casais de Canários de Moçambique. Estas últimas raças são raças pelo as quais simpatizo bastante.

Crio cerca de 300 glosters anualmente, o que me permite efectuar uma boa selecção todos os anos.
Em termos de alimentação dou aos meus canários o que considero serem as melhores misturas (passo a publicidade - Premium da Versele Laga). Durante o período de criação junto ainda a Premium Super Cria.
Forneço durante todo o ano germinado e papa Orlux, aumentando as doses naturalmente no período de criação. Forneço ainda no período de criação brócolos e/ou grelos de couve e no período da muda courguets.

Como tratamento, apenas desparasito as minhas aves e forneço medicação para prevenção de Salmonelas e Coccidiose.
Todas as vitaminas (que não são muitas) são fornecidas na papa (Cálcio, Probióticos, Breedmax….) uma vez que não tenho disposição temporal para o fazer diariamente na água.

Na separação das crias dos pais, coloco-as em voadeiras (cerca de 25 aves por cada), tentando sempre que possível, juntá-las por idades, uma vez que os mais velhos têm tendência a serem agressivos para com os mais novos.

Uma das minhas premissas para a criação é a limpeza. Evitará, num futuro muito próximo, muito dissabores (piolho, doenças, mortalidade….).

Sou associado de 4 clubes/Associações nacionais e internacionais, Associação Ornitófila da Cidade de Aveiro (AOCA), Clube Ornitófilo da Beira litoral (COBL), Glosters Clube de Portugal (GCP) e International Gloster Breeders Association (IGBA) de Inglaterra. Paralelamente, fiz parte dos corpos sociais de vários clubes, tendo sido secretário durante cerca de 4 anos no Clube Ornitófilo da Beira Litoral, Presidente da Associação Ornitófila da Cidade de Aveiro durante 10 anos sendo, actualmente Presidente da Mesa da Assembleia. Do Gloster Clube de Portugal como Presidente da Mesa da Assembleia e da Federação Ornitológica de Portugal, como vogal do Conselho Jurisdicional.
Os conselhos que posso dar aos novos criadores são, em primeira instância, a necessidade de gostar muito de aves (sobretudo daquelas que pretendem efectuar criação) e ter tempo disponível para cuidar delas. O sucesso na criação requer muito trabalho, dedicação, paciência, conhecimento e um pouco de audácia.
A experiência na criação adquire-se ao longo do tempo e tentar sempre aprender com os nossos erros (ver o erro como um aspecto positivo, no sentido de o identificar e não tornar a repetir e não como factor desmotivador) e/ou com os outros criadores com bastante mais experiência do que nós.

Inicialmente tentar obter o máximo de informação acerca da raça que pretendemos iniciar a criação. Quando verificarem que a criação é exigente e difícil, tentem efectuar parcerias com outros criadores que também criem essa raça.

Tentar sempre criarem com os melhores exemplares. Quando pretenderem melhorar algumas características das suas aves, façam-no uma de cada vez.

Anilhar todas as crias para as identificar, para isso é necessário estar inscrito num clube/associação para a aquisição de anilhas com o respectivo número de criador nacional/Stam.

Texto: Joaquim Lopes
Fotos: Osvaldo Sereno
Queria agradecer ao amigo "Quim" pela forma simpática e paciente como me receber nas suas instalações, não foi a melhor altura para se fazer uma visita, pois as suas aves já se encontravam em reprodução, não mostrando todo o seu potencial e beleza. Muito boa sorte para as sua criações.
Ver as primeiras criações de 2011, link: As criações dos amigos 2011 - Joaquim Lopes (Quim)...

Um abraço.

A aventura começa agora!

As minhas primeiras canárias no ninho, agora vamos ver como vai correr o resto (posturas , ovos galados, aves nascidas, desmame e primeira muda).
Com os dias muito incertos no que dias respeito à luz solar, teimosamente não se quer manter estável, com a iluminação a ter um "papel" importantíssimo no "capitulo" da criação, pode "traçar" o rumo do êxito ou não.



Meus amigos , o primeiro ovo desta nova época de criação.


Falei com alguns criadores amigos, quase todos falam em boas posturas, em alguns casos melhores que no ano passado, só que 80% a 90% ovos brancos.
Todos desejam que a segunda "volta" seja bem melhor, os "dados " estão lançados no que diz respeito aos meus, daqui a 12 a 14 dias posso juntar-me ou não à "malta " menos afortunada, espero que não!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Glosters - plantel para este ano (2010)

Meus amigos, esta é a minha pequena equipa de glostrs para este ano, apostar em algumas fêmeas minhas que vêm já de anos anteriores, parece-me bem, estas obtiveram bons resultados nas exposições onde participei nos últimos anos, já os machos, são quase todos novos, vindo de vários criadores.


Como as fêmeas que mantenho neste pequeno plantel têm o tamanho (cm) que pretendo, vou este ano tentar dar-lhe um pouco mais de forma e volume na cabeça, visto que no meu ponto de vista é onde devo melhorar. Depois de analisar as fichas das exposições, tento interpretar o porquê das negas dos juízes na pontuação final de cada ave, tentando melhorar no ano seguinte.


Bem sei, esta classe de canários deve ser das mais complexas de "trabalhar" por vários motivos: a pena, a cabeça, a posição, as asas, o tamanho, as coroas redondas e centradas
(nos corona), não é fácil, posso garantir-vos, cheguei a essa conclusão depois de falar com alguns amigos que se dedicam aos gloster à muito anos, (fartinhos de virar frangos).

Alguns destes criadores onde fui buscar os meus machos, obtiveram boas participações nos Nacionais e agora no Mundial de Ornitologia de 2010 - Matosinhos.

Vamos ver como vai "correr" a época de criação, juntei os casais só agora (fim de Fevereiro), e mesmo assim ainda penso que poderia esperar mais algum tempo, a metrologia não esta a ajudar, as fêmeas estão um pouco atrasadas e relação aos machos.

Estive em casa de amigos, já têm a primeira criação concluída, com passarinhos novo já comem e as fêmeas já estão na segunda postura mas, não tenho muita pressa, os dias maiores e o calor aonde vir, para quem não tem um plantel muito grande minimizar as possíveis perdas, é sensato.

Algumas fêmeas morrem durante o período da posturas, as baixas bruscas de temperatura na altura de postura, a falta de cálcio são um problema para quem não têm aquecimento não tem possibilidade de estar diariamente com as suas aves.

Das várias cores que existem nos glosters, gosto muito da cor canela, tanto em coranas como em consortes, apesar de não ter nenhum macho no meu plantel, ainda tenho a esperança de arranjar um casal, mesmo que para isso tenha que utilizar um macho verde portador de canela, ou de cor canela não visível, também se pode chamar assim, já vai sendo um pouco tarde para arranjar uma boa fêmea corona mas, mas, logo se verá!

Não sei se é correcto ou não, o meu plantel como podem ver nas fotos parece estar equilibrado entre machos e fêmeas, como informação final, posso adiantar que todos os consortes são fêmeas e todos os coronas são machos.
Agora, vamos ver o que estes sangue (genes) novos vão trazer aos meus canários.

A aventura para mim começa AGORA, muito boa sorte para todos que já estão adiantados e boa sorte para os outros como eu, que estão agora no início desta aventura.