sábado, 14 de fevereiro de 2009

Entre amigos com Cláudio Carvalho

Nome: Cláudio Carvalho
Stam: 075 –J, Campeão de noviços em 2007 G.C.P.
Associado: G.C.P – A.O.C.
Morada: Pampilhosa
Contacto: 966 086 046
Cláudio Carvalho, começou com um casal de glosters oferecidos por uns familiares, manteve esse gloster durante 2 anos, ouviu falar na Expo Aves de Coimbra, a sua curiosidade levou-o a ir visitar esta exposição, daí em diante a sua forma de ver os canários iria mudar, nessa exposição tomou conhecimento de que havia canários de porte e canários de cor, reparou ainda que estes se subdividiam em outras classes, “a ideia que os canários são todos amarelos, não é bem assim”.

Nessa exposição tentou conhecer alguns criadores, conheceu nessa visita o Sr. Jorge Humberto criador que participava na exposição, depois de uma breve conversa acabou por lhe comprar um casal de canários (um macho bronze e uma fêmea mosaico vermelha) assim começou este hobby.

Manteve estes dois casais durante um ano, com o “bichinho” a crescer à medida que se dedicava cada vez mais aos seus canários, voltou mais uma vez a Expo Aves de Coimbra no ano seguinte, desta vez os canários que lhe chamaram á atenção foram os frisados do norte, como o vício é algo difícil de “domar”, acabou por sair da exposição com mais um casal de canários, passando a ter um plantel de 6 canários de 2 classes diferentes (porte e cor).

Como muitos dizem “não há amor como o primeiro” este criador resolveu então dedicar-se aos glosters, em 2005 optou definitivamente por estes, é com carinho que ainda hoje mantém o seu primeiro gloster, velhinho e cego, mas, ainda é o seu passarinho. Cláudio diz com ternura, “este vai morrer cá em casa”.

Hoje em dia conta com um plantel de 12 gaiolas, 1 voadeiras dividida em duas partes. Este ano “trabalhou” com 8 fêmeas e 6 machos, segundo o criador as experiências que faz são muito importantes, afinal para que serve ser um bom teórico se não colocar essa teoria em prática.
Essas experiências, visam a evolução das suas aves com o decorrer dos anos, os cruzamentos que faz são sempre à procura do bom gloster.

Perguntei: O que é um bom Gloster para ti?
Cláudio: “É um gloster que esteja o mais próximo possível do seu standard, que tenha boa pena, que quando estiver no poleiro tenha boa posição, que tenha uma boa cabeça, asas bem colocadas nos ombros, enfim que tenha uma harmonia em todos os parâmetros e no fim que seja agradável a visão”.
De todas os canários que teve, o gloster é sem dúvida a sua ave de eleição, por tudo o que já referiu, se tivesse que começar de novo logicamente, começava outra vez pelos glosters.
Com o decorrer da nossa conversa falamos de alguns aspectos técnicos, entre os quais, que cuidado tem com as suas aves.
O Cláudio, procura adequar a alimentação e suplementos às temperaturas e ciclos de luz.
Alimentação: sementes da Versell- Laga – Profissional – canários, semente de germinar e aveia descascada
Papas: Orlux
Vitaminas: Orlux
Minerais: Grit
Pré e próbioticos: sempre que se justifique
Antibióticos: em casos muito extremos
Salienta que durante a reprodução as aves devem ter uma alimentação mais rica em sementes pretas (gordas), passando à mistura regular no período de Verão, já na altura da muda, é bom dar aveia todos os dias, conclui que durante a época da reprodução é muito importante dar germinados com as papas, essa alimentação favorece o melhor desenvolvimento das crias e estimula os progenitores à regurgitação muito mais vezes.

Para finalizar a nossa entrevista pedi ao Cláudio alguns conselhos aos novos criadores ou as pessoas que se gostariam de iniciar como criadores.

- Primeiro: pedir a ajuda de alguém com conhecimentos, isso ajuda a evitar alguns enganos e minimiza os erros básicos.
- Segundo: adquirir canários de custo reduzido, deste modo permitir ganhar alguma experiência.
- Terceiro: Optar por 1 raça, no máximo 3, pois cada raça tem as suas características e particularidades e para que tudo corra bem é necessário tempo para se trabalhar cada “linha”.
- Quarto: Ser filiado em alguma associação ou clube, dessa forma poderá pedir anilhas para anilhar os pássaros que nascem e ao mesmo tempo controlar e identificar os melhores, possibilitando desta forma também o conhecimento de outros criadores mais experientes.
- Quinto: Participar nas exposições ornitológica, deste modo poderá avaliar o seu trabalho de criação.
Para terminar, o meu muito obrigado ao Cláudio pela forma como me recebeu em sua casa, foi uma tarde bem passada onde me demonstrou que para se criar glosters se deve ter alguns conhecimentos, ler e falar com outros criadores mais experientes.
Nota: Entrevista feita em 2008.

Sem comentários: