terça-feira, 29 de setembro de 2009

Entre amigos com Fernando Domingues

Fernando Miguel Valente Domingues
Idade: 25 anos
Stam: 079-E
Clube Ornitológico de Antuã
Morada:Pardilhó - Estarreja
Contacto: 916 255 933
Email: ferdinandomingues@gmail.com
Desde os 14 anos, que me dedico à criação de aves, apesar de ter criado canários, cedo me apaixonei pelos Bicos de Lacre. Aos 16 anos conquistei a medalha de Prata, no 49º Campeonato do Mundo de Ornitologia, tornando-me até á data, no mais novo participante medalhado.
Actualmente e, após uma interrupção de alguns anos voltei a dedicar-me à criação de Bicos de lacre e Faces Laranja, iniciando-me também com Degolados e Bengalíns da Índia.

Os bicos de lacre foram as minhas primeiras aves de gaiola. Tudo começou quando um dia, por acidente, encontrei três aves com cerca de 21 dias no chão, o ninho encontrava-se parcialmente destruído e como tinha um casal em casa com cerca de 2 anos de gaiola, na minha inocência peguei nas crias e levei-as para casa. Uma das crias como se encontrava já muito débil morreu no dia seguinte, mas para meu espanto, as outras duas nos dias seguintes estavam vivas e de boa saúde. Eu não queria acreditar no iria ver a seguir, os bicos de lacre adultos tinham assumido as duas crias como suas. Foi assim que tudo começou, ainda hoje recordo este momento como se fosse hoje, dando o mote de partida para o que viria a seguir: a reprodução em cativeiro de bicos de lacre. Passados 2 anos iniciei um ciclo de experiências, que ainda hoje perdura com os estrildas astrilds.

Comecei também a dedicar-me aos bicos de lacre mais a sério, por ser uma ave desvalorizada pela grande maioria dos criadores devido ao baixo valor económico. Eu próprio quando participei no Campeonato do Mundo com os mesmos, não fui levado a sério por ninguém, ainda por cima tendo apenas 16 anos.

Antes a oferta era muito grande em termos de exóticos e eram poucos, aqueles que tentavam a sorte com essas aves. Agora que existe uma restrição em relação às importações e o valor das aves subiu consideravelmente, subiu também o número de criadores que as desejam.

O meu objectivo é a especialização de aves do género estrilda, penso que a maior parte dos criadores não imagina a quantidade de espécies de bicos de lacre que existem, sendo estes raros, muito caros e acima de tudo muito bonitos. Este ano consegui tirar 11 bicos de lacre incluindo
aves mutadas, tirei 6 híbridos de Face laranja x Bico de Lacre, tenho neste momento crias de Face Laranja e também algumas crias de Degolados clássicos. Apesar de eu este ano estar a conseguir tirar muitas crias, no ano passado não tirei nenhuma, nem um bico de lacre.

Em relação ao meu “set” de viveiros, tenho um de 2m2, onde estiveram a reproduzir-se os bicos de lacre, híbridos e faces laranja; tenho um conjunto de 5 viveiros duplos de canários, onde tenho bengalins que servem sobretudo para amas em caso de algum incidente e duas voadeiras de
1,20m x 0,80m x 0,80m, sendo uma delas mista e outra só para bicos de lacre. O meu espaço (apesar de ainda não ser aquele que idealizei) está virado a sul, a temperatura é amena (muito importante) e goza de muitas horas de luz natural.

A alimentação é algo muito importante, a qualidade da alimentação das nossas aves vêm-se pelos resultados nas criações, neste seguimento tenho desenvolvido a minha própria mistura. Trata-se basicamente da mistura de exóticos que se costuma comprar habitualmente, com uma maior percentagem de painço amarelo, painço vermelho e milho japonês. Além disto, papa, germinado,
verduras e larvas de tenébrio (devem ser dadas sobretudo durante a época de reprodução). Por cada kg de papa, ponho ainda uma carteira de Tabernil Cria e na água durante os 5 primeiros dias de vida uso probióticos. Tenho sempre grite á disposição das minhas aves.

Pessoalmente não tenho um esquema de manutenção, antes da época de reprodução desparasito as aves, durante a reprodução dou duas vezes por semana Ad3 na água e durante a muda uma vez, durante o repouso umas vitaminas de duas em duas semanas. Antes e depois das exposições dou Complexo-B.
Penso que o meu “ingrediente de sucesso” deve-se sobretudo á pesquisa intensa que realizo, devido ao facto de tentar reproduzir as condições que as aves gozariam em liberdade, iniciando assim, as minhas próprias experiências. Mas o mais importante é o facto de adorar estas aves,

não existe nada mais gratificante para um criador, do que pegar em aves menosprezadas por muitos e colocá-las no circuito mundial ornitológico, digo isto porque as minhas aves já suscitam o


interesse lá fora, sobretudo as mutações e agora com o hibridismo, sobretudo se as aves forem férteis, o que acredito que se venha a verificar pois trata-se de um cruzamento entre estrildas.

Texto:Fernando Domingues Foto:Fernando Domingues
Todo o artigo e fotografias têm a autorização do seu autor para serem publicadas neste blog, sendo proíbida qualquer cópia (texto e imagem) sem autorização dos seus autores.
Em nome do Birdsblog desejo-lhe muita sorte.

Muito obrigado ao Fernando por se ter disposto a compatilhar com todos as suas fotos e história.

sábado, 26 de setembro de 2009

Fotografia online

Para os mais interessados em fotografia, também tenho uma pequena galeria de fotos no maior site de fotografia nacional , o "olhares" http://olhares.aeiou.pt/.
Este site tem um pouco de tudo: animais, macro fotografia, abstracto, nu artístico, pessoas, paisagem entre outros, se gostam de fotografia vale mesmo a pena dar uma vista de olhos.
A minha pequena participação pode ser vista, votada, comentada em: http://olhares.aeiou.pt/nenesereno
Imagem retirda do site olhares.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Almoço convívio e (despedida).

No passado dia 6 de Agosto, foi feita uma almoçarada em casa do senhor Afonso Davim.

Os "passarinheiros" também sabem conviver, onde houver uma mesa ou algo parecido, com uma boas carnes grelhadas acompanhadas de feijão preto e arroz e salada tanto melhor, cuidadinho com o tinto, uma "pomada" de respeito.

Aqui ficam algumas fotos.













No final deste almoço, alguém lavou a louça, foi a Maria. Para ela em nome de todos, peço desculpa pelo trabalho que lhe demos, um beijo grande para ela.

BD - Homenagem ao mundial

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Aves disputam título de símbolo de cidade catarinense

Notícias

Votação acontece até dia 20 de Maio na internet e em urnas.
Aves foram escolhidas

Quatro aves estão na disputa para se tornar a ave símbolo de Indaial (SC). Os moradores da cidade têm até dia 20 de Maio para escolher entre saíra-de-sete-cores, o gavião-carijó, o pica-pau-ben.

A intenção de promover a eleição é despertar o interesse da população pelas aves que habitam a cidade, como explica Maicon Mohr, presidente do Clube de Observadores de Aves do Vale Europeu (Coave). "Buscamos espécies que tivessem relevância para o município. As cores das aves, nome, referência ao índio carijó, a forma de alimentação. Tudo foi considerado", diz Mohr.A votação pode ser feita pela internet ou em uma das 24 urnas espalhadas pela cidade em escolas, super mercados, na prefeitura e no Centro Universitário Leonardo Da Vinci.

A vencedora foi: Nome popular - Saíra-militar - Nome científico -Tangara cyanocephala

Saíra-lenço (Tangara cyanocephala) é eleita a Ave Símbolo de Brusque/SC

A ave obteve 50,68% dos 25.501 votos
Fonte da informação:08/05/2009 Na Globo: eleição da Ave Símbolo de Indaial ganha destaque nacional. Do G1, em São Paulo

domingo, 13 de setembro de 2009

Ararinha-azul e a Preservação Al Wabra Wildlife Preservation

A 11 mil quilómetros de casa a Ararinha azul -spixii Spix´s Macaw Cyanopsitta, tem a ultima oportunidade de voltar a voar em liberdade.

Ararinha - azul, outrora prospera nas florestas agrestes e secas do Nordeste do Brasil, essa aves de inegável beleza tinham os seus dias contados. Será?
Em 1995, fruto da captura "selvagem" para o tráfico de animais exóticos de companhia, o desmatamento/desflorestamento ilegal da selva brasileira, fizeram com que ficasse uma ave em estado selvagem. Cinco anos depois (2000), desapareceu das florestas brasileiras a última Ararinha azul, apesar desta perda histórica para a Ornitologia Mundial, os meios de comunicação pouca relevância deram.
No entanto, havia alguém que estava disposto a dar uma hipótese a esta espécie.
No Catar, havia um sheikh de nome Saoud Bin Mohammed Bin Ali Al Thani , que des de muito novo gosta de animais, mantinha no meio do deserto a Al Wabra Wildlife Preservatios (AWWP), nas suas instalações é possível encontrar animais raros, em alguns casos espécies únicas.
Ao tomar conhecimento do desaparecimento da Ararinha azul - Spix´s Macaw da natureza, foi falar com o seu director responsável da AWWP Sr. Sven Hammer, e pedui-lhe para fazer pesquisas a nível mundial aos criadores e coleccionadores de psitacídeos, tendo em vista reunir em Al Wabra o maior número possível de exemplares.

Com o tempo foram sendo adquiridas aves, 49 ao todo, muitas vinham em muito más condições físicas, o isolamento permitiu detectar e corrigir problemas alimentares entre outros, foram ainda sujeitas aos cuidados medico veterinários, não há duvidas que a natural quarentena evitou outras doenças.
Findo todos os procedimentos anteriormente descritos, as aves demonstravam uma grande vitalidade e há-vontade com o seu principal tratador (Ryan Wadson) biólogo e restante equipa, eram responsáveis por tratar, manter e tentar a reprodução em cativeiro estas aves. O primeiro passo foi fazer um teste de ADN a cada aves, podendo depois compar os mesmo para posteriormente se ver se haviam problemas de consanguinidade entre as 49 aves. Resolvido este problema foram escolhidos os POSSÍVEIS casais, o comportamento e temperamento de cada ave iriam ditar ao fim de muito esforço, os casais reprodutores.
A parti de Janeiro de 2009 foram feitos quarenta acasalamentos de Ararinhas azuil, sendo todas elas acompanhada por uma equipa internacíonal de veterinários e biólogos, desta forma a Al Wabra Wildlife-Preservation, foi o mais bem sucedido programa de criação de Ararinhas Azuil - Spix Macaw em todo o planeta.
Podendo em breve ser devolvido à Natureza.

Fontes informativas deste artigo: Programa televisivo da National Geographic
site: http//10000birds.com (spixs-macaw- and-the-al-wabra- wildlife- preservation.htm
Fotos: Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009


Ensinar ave a usar o ´bacio´

Quando tudo acontece no papel que cobre o fundo da gaiola, ninguém se preocupa com as rotinas intestinais das suas aves. Mas tudo muda de figura quando o local eleito não era o previsto. Este treino serve em particular as aves que têm o privilégio de passear no ombro dos donos ou simplesmente têm liberdade para, de quando em vez, sair da gaiola. Evite manchas indesejadas no chão, tapetes, camisas…
1 — Observe a ave e os seus hábitos intestinais, a fim de perceber quais as horas do dia em que, por norma, costuma defecar (é normal que seja uma das primeiras coisas que fazem logo de manhã).
2 — Aprenda qual a linguagem corporal que antecede o acto, como sejam abanar a cauda ou andar para trás.
3 — Escolha uma palavra para a ordem de comando, bacio, ou agora servem perfeitamente, ou, na verdade, qualquer outra, desde que a repita sempre que perceba que a ave vai fazer as necessidades.
4 — Quando percebe que ela se prepara para o grande momento ou está simplesmente na hora a que usualmente o faz, peça-lhe que suba para o seu dedo ou palma da sua mão, ou simplesmente pegue-lhe e segure-a em cima de um saco de plástico, de um jornal, de papel higiénico ou qualquer outro material que considere adequado e fácil de deitar fora (uma boa dica é usar pratos de papel ou plástico). Utilize a ordem de comando e elogie-a e mime-a se a ordem for obedecida, ainda que, inicialmente, tudo se deva à coincidência e não a uma verdadeira causa/efeito.
5 — Repita o procedimento até perceber que a lição foi aprendida e que ele procurará o bacio certo.
6 — Para que isto seja eficaz, deve respeitar o ritmo do animal e não esperar que ele aguente demasiado tempo.
7 — Quanto maior é a ave, mais tempo aguenta sem fazer cocó. Papagaios grandes, por exemplo podem reter as fezes durante horas ou mesmo um dia inteiro, mas não é aconselhável nem saudável que o façam.
Fonte deste artigo: http://www.instinto.pt/

Entre amigos - Jantar Ornitológico

Nem só de "aves" vive o homem.

Vai daí, um grupo de amigos, resolveu fazer mais uma jantarada que ficou marcada para o dia 16/05/2009, no restaurante " Batina" em Coimbra. A avaliar pela data, já devem ter feito a digestão!
Aquí fica uma pequena brincadeira em forma de quadros comentados.

Estiveram presentes os seguintes elementos: Paulo Galvão (psitacídeos), Paulo Henriques (psitacídeos/exóticos), Hugo Pinheiro (psitacídeos), António Mendes (psitacídeos), Osvaldo Sereno (canários /exóticos), Sérgio Carvalho (psitacídeos), Nuno Fernandes (psitacídeos), Filípe Correia (psitacídeos) e o Lino Arribança (canários/psitacídeos).

Até parece um complô contra os (criadores) de canários mas calhou estar em minoria; claro que assim fiquei a saber um pouco mais de psitacídeos e eles nada de canários! Quem perde são eles!!!!!

Eu tinha tanto para contar sobre canários , eu também não sei muito mas sempre dava para falar das fotografias.











Pelo que soube, já está na calha mais "patuscada" em que a malta dos passarinhos para além de comer, vão falar de várias coisas: as suas "criações", as suas experiências, as "asneiras" dos outros e os seus sucessos neste ano. Estou certo que a preparação das aves para as exposições que se avizinham também será tema de conversa. Esta "malta" não dorme!

Meus caros amigos, é com este jantares/almoços /lanches, que se conhecem novos criadores e se fomenta e reforça a amizade entre as pessoas.

Eu sei que o tempo é de crise generalizada mas, um ou dois franguinho/chouriço, um bom tinto/branco, pão /broa podem fazer uma boa tarde de conversa com aqueles que partilham o gosto comum, que é a ornitologia.

Nota : As namoradas, esposas ou pessoas de outro estatuto social ausente fiquem descansadas, este jantar foi puramente masculino, a menina que andava a servir às mesas ia só a passar, depois deste repasto foram todos para casa, digo eu com os "nervos!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Guia das aves de Portugal e Europa

Guia da Aves, este é o título deste magnifico livro, da responsabilidade da editora Assírio & Alvim. É o guia de campo mais completo da Europa, contem 400 páginas e mais 3500
ilustrações, as informações são muito relevantes e importantes para quem procura um bom guia de campo, poderemos encontrar detalhes variados: plumagem representativa de cada espécie, criação,
canto, habitá, área geográfica, mapas de distribuição das espécies, área de distribuição e migrações, toda a informação deste guia é rigorosa.

O “Guia das Aves” é uma mais valia para Ornitólogos e curiosos da vida das aves, só poderemos proteger e preservar aquilo que conhecemos, informar a população é fundamental para o perigos que algumas destas espécies correm.

Este livros tem as seguintes dimensões 13,5 cm x 19,5 cm, está escrito em português e tem textos da responsabilidade de: Lars Svensson ( Ornitólogo sueco, especialista na identificação de passeriformes, trabalhou com vários ornitólogos, dos quais se pode salientar: Peter James Grant, Killian Mullarney e Dan Zetterström) & Peter J. Grant (repotado ornitlógo britânoco, nasceu

em 1943 e morreu em 1990, co-escreveu, com Killian Mullarney, o livreto, “A nova abordagem para a identificação”, também escreveu a revista “Gaivotas, um guia de identificação”, foi ainda co-autor do livro “Collin Bird Guide”, este publicado após a sua morte, o Sr. Peter James Grant

foi ainda o terceiro presidente da British Birds Rarities Committee), as ilustrações são da responsabilidade: Killian Mullarney (ornitólogo irlandês, artista de aves e líder de excursões a aves -Birdwatcing) e Dan Zetterström artista sueco (execente ilustrador e artista).

Vai ser difícil de encontrar nas livrarias, só foram feitas três edições, a ultima penso que foi em 2003, esta informação não esta confirmada.


O Birdsblog, tem todo o gosto em dar a conhecer, algumas obras de relevo para os criadores e observadores de aves ao ar livre e estado selvagem, actividade que se denomina internacionalmente por "birdswatching".