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- Associado da A.O.C.
O meu nome é José Luís Santos, tenho 40 anos,
sou casado, pai de um casal de filhos e sou um apaixonado pela vida selvagem.
Sou associado da Associação
Ornitológica de Coimbra, com o stam 420-J.
Sempre tive alguns passaritos
(canários, periquitos,etc) desde a minha adolescência.
Porém no outono de 2006 um familiar meu
apresentou-me (primeiro em fotos no seu computador portátil e depois na sua
própria casa) as suas criações: quase exclusivamente pequenos exóticos.
Ao ver os primeiros Diamantes de Gould fiquei
sem palavras. A sua beleza atraiu-me de tal forma que daí para cá são, por
assim dizer, e com as devidas diferenças, a minha droga: não passo sem eles,
sofro quando não os vejo (em férias, por exemplo), são eles que me acalmam, que
me ajudam a esquecer os problemas da vida real.
Além dos Gould a minha paixão são,
sem dúvida, os outros exóticos.
Crio mandarins gigantes, bengalins, diamantes
estrela, bichinovs, bavettes, diamante papagaios, tarimbares, tricolores e
diamante mascarados e degolados.
Mas sem dúvida os gould são "a minha
guerra".Sou um criador modesto (pelo menos
comparativamente a alguns que tenho visto), crio com cerca de 70 gaiolas
individuais a grande maioria delas feitas por mim.
Tenho ainda 7 voadeiras (4+3) sobrepostas
verticalmente.
De início nem tudo correu bem,
sobretudo com os gould: a experiência era pouca e, sendo esta espécie
particularmente frágil, estive quase a desistir, tal era a mortalidade.
Mas com muito gosto e alguma persistência lá fui
evoluindo.
O primeiro ano que levei aves a
concurso foi há três anos. Não tendo ainda qualquer experiência, sobretudo na
escolha das aves, não foi difícil de prever que não classifiquei qualquer ave.
Ao segundo ano, e depois de ter investido na
melhoria de sangues dos Gould consegui tirar 1 primeiro prémio e algumas aves a
roçar o mínimo de pontos para classificar.Finalmente na última Expoaves-A.O.C. (Coimbra) consegui 4 primeiros prémios e dois segundos.
Nesta última Expo cheguei a uma
conclusão interessante: como sabemos os exóticos podem concorrer 2 anos, ao
contrário dos canários em que o mesmo pássaro só pode concorrer 1 ano.
Decidi então levar a concurso o meu Gould que
houvera ganho no ano passado. Resultado: subiu a pontuação em relação ao ano
anterior e um dos parâmetros de avaliação que subiu foi o da côr.
O Gould é uma ave muito frágil. É atacada por
doenças, sobretudo intestinais como salmoneloses ou coccidioses, pelo que
devemos estar muito atentos aos sintomas assim que apareçam e actuar o quanto
antes.
A higienização e ventilação das instalações é
sempre um ponto a ter em conta, diria mesmo que é a medida mais importante para
combater a mortalidade entre os Gould. Cuidado também com o excesso de humidade
do ar; estas aves toleram melhor as baixas temperaturas do que a elevada
humidade relativa do ar. Neste campo costumo usar um desumidificador,
procurando que a humidade atinja no máximo 80%.
Faço também a climatização e a iluminação
artificiais das instalações. Todos sabemos que com baixas temperaturas as
fêmeas ficam contraídas e não pôem ovos.
Para remediar o caso utilizo um aquecedor a óleo
que comando com um relógio automático, procurando manter as temperaturas entre
os 15º e os 20º. Quanto ao aumento do período de iluminação é essencial para
que os pais possam alimentar as crias durante mais tempo.
Crio os exóticos na maioria dos
casos com amas (bengalins), mas quando não tenho bengalins disponíveis deixo
ficar os ovos no próprios pais e, diz-me a experiência, que essa história de as
aves ficarem maiores e mais resistentes com os pais verdadeiros é uma treta;
para mim não há diferença.
Preso muito os conselhos de alguns criadores
amigos e de outros que vou conhecendo e também faço alguma investigação na
inter-net.
Deixo um conselho a todos os
"bloguers" e criadores: Neste ramo não tenha nada como um dado adquirido.
O que hoje é verdade amanhã é mentira. Experimente, invente, pesquise, acima de
tudo divirta-se.
Um abraço ao meu amigo Osvaldo Sereno que é, sem dúvida, um
amante da passarada mas sobretudo um fotógrafo enorme.
Texto : José Luís
Fotografia e edição: Osvaldo Sereno - Birdsblog
Muito Obrigado pelo almoço e pela possibilidades que me destes de fotografar as tuas magnificas aves, boa sorte.
Muito bom artigo. Continue com o bom trabalho. Havemos de trocar sangues. Joao Fernandes da Madeira
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