sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nova-especie-de-ave-descoberta-no-sul-ja-esta-ameacada-de-extincao

RIO - Quase dois séculos depois de ser descoberta, no Sul do Brasil, a patativa-verdadeira (Sporophila plumbea) ganha uma “parente”. Pesquisadores da PUC-RS descobriram a patativa-tropeira (Sporophila beltoni), que era confundida com a outra espécie.
— A patativa-tropeira é um pouco maior do que a verdadeira (que tem cerca de 10 centímetros de comprimento) — destaca Márcio Repenning, biólogo e pesquisador do Laboratório de Ornitologia do Museu de Ciências da PUC-RS, um dos responsáveis pela análise da tropeira, iniciada há oito anos. — A cor do bico, o canto e a plumagem também são diversificados.
A maior diferença, no entanto, é o habitat. A patativa-verdadeira é uma espécie típica do Cerrado. A tropeira, por sua vez, passa o período de reprodução, de novembro a março,NOS campos de altitude associados a florestas com araucárias no Sul do país. No inverno, com o frio e a redução na disponibilidade de alimentos, como as sementes e pequenas aranhas e cupins, a ave migra para o Cerrado.
Enquanto a patativa-verdadeira é numerosa, a nova espécie já figura na lista das ameaçadas de extinção. O principal motivo é a pressão urbana sobre a área em que se reproduz. Com o avanço desordenado de culturas agrícolas, o barramento de rios para geração de energia e o plantio de espécies exóticas, apenas 3% da coberturaORIGINAL das florestas com araucárias estão preservados.
— A tropeira precisa de áreas específicas para se reproduzir, que invariavelmente estão próximas a matas ciliares dos campos com araucárias — ressalta Repennin. — Por isso é necessário conservar esse ecossistema tão ameaçado.
De acordo com técnicas de geoprocessamento, o biólogo estima que existem apenas 4,5 mil casais de patativas-tropeiras na natureza, um número considerado muito baixo. Ele defende a criação de unidades de conservação nas áreas habitadas pela ave.
O estudo, realizado com apoio da Fundação Grupo Boticário, foi publicado na revista “The Auk – American Ornithologists’ Union”.


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Phyrrhura molinae - by Instinto


Mato Grosso
   As aves não conhecem fronteiras, menos ainda as convencionadas pelo Homem para delimitar nações, pelo que a terra natal do Pyrrhua molinae é tão abrangente que abarca três países, Argentina, Bolívia e Brasil. Mas que não se confunda esta ave com o célebre Zé Carioca da BD, pois, no Brasil, a sua morada fica no Mato Grosso, bem longe do Rio de Janeiro. É um galhofeiro que gosta da confusão de grandes bandos, verdadeiras manchas de verde sobre o topo das aves. Há falta dessa liberdade, é feliz em cativeiro, desde que reunidas algumas condições, todas elas mais ou menos dependentes de um único fator: afetividade. Também conhecida como Conure de Face Verde, o Pyrrhura molinae é uma divertida ave de pequenas dimensões, com 25,5 centímetros de comprimento máximo, que interage e se liga emocionalmente à sua família humana.
Bater um papo 
   Carinho, atenção, respeito e muita conversa fazem com que não sinta falta dos seus pares e se sinta à-vontade para dar largas aos seus dotes sociais. O segredo está em dispensar- -lhe atenção diária, pois não se safa com a simples limpeza da gaiola e com refeições a horas, até porque o Pyrrhura molinae é conhecido pela sua inteligência. Ainda que não seja demasiado barulhento, é um alegre palrador, capaz de assobiar, dizer palavras soltas, imitar sons do quotidiano, músicas e até de aprender, com entusiasmo, alguns truques. Aproveite as aulas para lhe ensinar algum treino básico. Sabendo responder a certas ordens, poderá soltá-lo todos os dias durante algumas horas, nas quais aprecia andar ao ombro do dono.
Sambódromo 
   Pela docilidade e pelo prazer que tiram da companhia humana, é fácil mantê-los em cativeiro, onde, desde que bem tratados e regularmente vigiados pelo veterinário, podem viver duas a três décadas. Sementes, fruta e uma variedade de legumes frescos garantirão a sua saúde e boa disposição, que parecem proporcionais à sujidade que lhes é típica durante a hora da refeição. A sua voracidade pode manifestar-se em obesidade, pelo que as quantidades têm de ser doseadas. Para desfilar a sua alegria,ESTA ave não necessita de um grande ‘sambódromo’, desde que possa passear livre e diariamente durante algumas horas. Se não for esse o caso, a gaiola terá de ser bem maior, paraPERMITIR que faça o exercício físico de que necessita.
Cara bacana 
   Na cara, esta ave distingue-se pelas faces verdes, que ladeiam o bico cinzento-escuro. Abaixo deste, o peito é tipicamente cinzento, tom que ganha laivos de vermelho na zona abdominal. Uma aparência agradável que rima com o seu temperamento ‘bacana’. Todavia, há um senão. O Pyrrhura Molinae é um verdadeiro roedor, o que acaba por ter o seu lado destruidor. Um treino sistemático e muita atenção resolvem facilmente a questão, bem como uma boa coleção de brinquedos de roer.
A turma dos verdes 
   A procriação é fácil, mesmo em cativeiro e pode esperar-se entre quatro a seis ovos por postura.
Retirado do site - instinto http://www.instinto.pt/aves/phyrrhura-molinae